O desejo de obter conservas de vegetais com uma agradável cor esverdeada, levava aos fabricantes do produto e donas de casa recorrerem a técnicas nada saudáveis.
No ano de 1852 o jornal londrino de medicina – The London Lancet – lançava um alerta sobre a presença de elevadas quantidades de cobre em conservas.
A origem da contaminação por cobre poderia ser da inocente e perigosa dica de um popular livros de receitas da época, que sugeria o uso de uma pequena moeda de cobre durante o cozimento ou então o descanso do produto durante algumas horas em um recipiente de bronze ou latão (ligas que contém cobre). Como também a contaminação poderia ser intencional, com a adição sais de cobre ou cozimento em recipientes deste metal para obter a desejada cor esverdeada nos vegetais em conserva.
Referências da época indicam que os testes para detectar cobre na conserva poderiam utilizar amônia, que revelaria pela cor azulada da solução a presença do cobre em quantidades não adequadas para o consumo; ou então em casos extremos o teste poderia ser feito até com uma agulha metálica (ferro) imersa na conserva, que após algumas horas ficaria recoberta com uma camada de aparência acobreada. Tal camada ocorreria pela redução dos íons cobre presente em solução e consequente depósito do metal sobre a superfície da agulha.
Atualmente
Atualmente a contaminação por cobre nos alimentos ainda é motivo de preocupação, mas os níveis são bem menores e as técnicas de detecção muito mais sensíveis.
Fontes:
A Treatise on Adulterations of Food and Culinary Poisons
Fredrick Accum
Salt: a world history
Mark Kurlansky
Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle luisholzle@unipampa.edu.br. Química (Licenciatura) – Universidade Federal do Pampa.
muito legal!!!
Muito bom! Parabéns.
Experiência só 1000 em!