Conheçam
a coleção “Cientistas incríveis, descobertas sensacionais – em
quadrinhos”.
A
coleção tem por objetivo promover o aprendizado de conceitos básicos de
ciências por meio da história da ciência e da vida dos cientistas, de forma
atrativa, prazerosa e com linguagem de fácil compreensão, e assim possibilitar
difusão do conhecimento científico.
A Editora Edgard Blucher acaba de lançar a tradução para o português do excelente livro de Theodore Gray: “Os elementos – Uma exploração visual dos átomos conhecidos no Universo”.
O foco da obra está em apresentar os elementos químicos de uma forma visual, resultando em imagens de tirar o fôlego.
Para atiçar a vontade em ter o livro a editora deixou disponível algumas páginas da obra, que podem ser visualizadas por meio do aplicativo logo abaixo.
Foi recentemente lançada a versão em português do excelente livro do físico Sam Kean.
Kean escreve maravilhosas histórias sobre as curiosidades da química, dos elementos químicos e da tabela periódica.
No ´Colher que desaparece – E outras histórias reais de loucura, amor e morte a partir dos elementos químicos´, como se pode perceber pelo subtítulo, o autor torna o conhecimento sobre os elementos uma aventura pelo saber científico e um passeio pela vida dos cientistas envolvidos nesta jornada.
Leia um trecho do livro, gentilmente disponibilizado pela editora Zahar, pelo link: www.zahar.com.br/doc/t1355.pdf (fora do ar)
Desde a década de 50 a General Electric (GE) começou a trabalhar no uso do boro, mais especificamente com os em hidretos de boro, ou boranos, como combustível de alta energia. Os hidretos de boro, incluindo diborano (H4B2), tetraborano (H6B4) e o pentaborano (H9B5) são compostos interessantes, pois geram grandes volumes de gases quentes em um curto período de tempo, sendo propícios para serem utilizados em sistemas de propulsão de foguetes.
O objetivo era desenvolver uma base de pesquisa para que a partir dali fosse possível permitir uma futura expansão para uma instalação de produção de hidretos do boro e para avaliar estes combustíveis em foguetes.
Em 1947, a General Electric (GE) preparou uma pequena quantidade de diborano no que foi a primeira instalação para fazer esse ingrediente na sua forma pura. No entanto, os primeiros testes de combustão utilizando o diborano gasoso e oxigênio gasoso iniciaram no ano seguinte, em 1948. Em 1952, eles foram capazes de produzir pequenas quantidades de ambos, os diborano e pentaborano em uma nova planta piloto.
General Electric (GE) caracterizou estes combustíveis, investigando suas propriedades físicas, forma de manuseio, armazenamento, ignição, e as qualidades de combustão. Testes de queima com pentaborano e hidrazina, este último um outro famoso combustível utilizado em foguetes, foram feitos porque essa combinação teoricamente daria ao propulsor um alto desempenho.
Investigações provaram que hidretos de boro eram manuseáveis e que poderiam ser armazenados por períodos de tempo razoavelmente longos, no entanto, a eficiência da combustão foi muito baixa, bem abaixo dos valores teóricos. Isto devido às dificuldades dos compostos de boro em obter queima rápida e completa dentro da câmara de combustão.
Por fim, tais resultados desfavoráveis, a elevada toxicidade desses combustíveis, e os constantes acidentes, foram motivos de eles não serem aprofundados.
Boa parte da história da pesquisa e desenvolvimento dos combustíveis à base de compostos contendo boro, foi mantida em relativo segredo e com pouca divulgação dos problemas existentes. Justamente porque nenhum militar americano desejava que os russos obtivessem qualquer sucesso na corrida pelo desenvolvimento e melhoria de propulsão aeroespacial e bélica. Para os curiosos pelos detalhes resta tentar ter acesso a um raro livro sobre o assunto, intitulado ´The Green Flame: Surviving Government Secrecy´, e já fora de catálogo.
O Green Dragon (dragão verde), que era como os militares americanos apelidaram os compostos de boro, pela característica chama verde, teve a sua recente aparição em julho de 2000. Quando resíduos de pentaborano, ainda guardados desde a década de 50, foram destruídos em um processo batizado de Dragon Slayer (matador de dragões), no qual uma reação controlada com vapor de água resulta em ácido bórico, borax e hidrogênio, estes bem menos perigosos do que o temido pentaborano.
O metal gálio possui um ponto de fusão relativamente baixo, em torno de 29 oC, e pode tornar-se líquido até com o calor da mão. Então, uma colher feita com gálio poderia ´sumir´ quando colocada em uma xícara de chá quente. Na verdade ocorreria uma fusão do metal, resultando no metal líquido no fundo da xícara, inutilizando a bebida.
Outras formas de obter uma colher que possa ficar líquida em água quente é optar por ligas com baixo ponto de fusão, como por exemplo:
– Liga Fields, com 32,5% (em peso) de bismuto, 51% índio e 16,5% de estanho, com ponto de fusão de 62 oC.
– Liga Woods, com 50% bismuto, 26,7% chumbo, 13,3% estanho, e 10% cádmio (em peso), com ponto de fusão de 70 oC.
– Liga Rose 50% bismuto, 25–28% chumbo and 22–25% estanho, com ponto de fusão de 100 °C.
O problema com estas alternativas é que elas ou são caras ou são tóxicas. A presença de chumbo torna a liga tóxica e indesejável para uma brincadeira, e se for utilizar índio ou gálio teremos o problema do preço, pois estes elementos são caros.
Hoje, 04 de outubro de 2010 às 21h30, o canal de TV por assinatura Globo News, exibirá em seu programa Espaço Aberto Ciência e Tecnologia , uma entrevista com Sam Kean, autor do livro “The Disappearing Spoon”.
O livro de Sam aborda histórias sobre os elementos químicos, que demonstram o lado inusitado da tabela periódica. E até o momento a obra só está disponível em inglês.
Normalmente após a exibição do programa, a Globo costuma deixar o vídeo na íntegra e disponível no site G1.
O vídeo do programa está disponível no link abaixo.